A DryWash acredita que o poder é das pessoas, que o poder é seu. Sendo assim é com imenso prazer que hoje publicaremos uma entrevista do nosso Sócio-Fundador Lito Rodriguez, concedida para fins acadêmicos. Como consiste em nossos princípios, não é de nossa natureza negar oportunidades ao talento e a dedicação.
Quem entrevista?
Thales Valeriani, 19 anos e natural de Caçapava-SP. Aluno do 2° ano de jornalismo na Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Quem responde?
Lito Rodriguez, Sócio-Fundador da DryWash e inventor da fórmula mundialmente inovadora de lavagem a seco.
Thales: O primeiro produto da DryWash foi criado em 1995 em uma batedeira. Quanto tempo demorou para você chegar ao resultado desejado?
Lito: No inicio de 1995 surgiu a motivação de lavar um carro a seco, ocasião em que comecei a expor a ideia para químicos e empresa fornecedoras de matérias primas. Os primeiros experimentos começaram no final do mesmo ano, e a primeira produção para uso comercial foi feita alguns meses depois, na minha própria casa, com uma batedeira e um liquidificador de uso doméstico. Desta forma, desde a primeira ideia às primeiras aplicações práticas passaram-se 12 meses. Creditamos a criação do produto ao bom planejamento alinhado com a rápida execução do mesmo, visto que muitas boas ideias se perdem no tempo por falta execução.
T: O que falou mais alto na hora de criar um produto ecologicamente correto: a vontade de inovar ou o comprometimento com o meio ambiente?
L: Dentre as duas alternativas, a vontade de inovar. O que mais nos motivou a desenvolver o produto para lavagem sem água foi permitir a execução do serviço no local onde o carro se encontrava, ou seja, ir até o cliente e não apenas aguardar a visita dele nos nossos estabelecimentos.
Mesmo não tendo sido a questão ambiental o principal motivo para o surgimento desta tecnologia mundialmente pioneira, somos de uma geração que já se incomodava com os desperdícios, e no caso da lavagem de carro, tínhamos um exemplo evidente: como poderíamos desperdiçar incríveis 316 litros de água a cada automóvel lavado? Neste sentido, não podemos desconsiderar que o quesito ambiental teve seu peso nesta inovação.
T: Em sua opinião, ter um produto ecológico basta para que uma empresa seja ambientalmente correta?
L: De forma alguma! Primeiro acredito que não há mais espaço no mercado para empresas que não tenham em sua estratégia modelos ambientais sustentáveis, ou seja, hoje em dia, “ser ecológico” não é mais um diferencial. Seja ambientalmente responsável, ou ficará fora do mercado.
Nossa empresa se preocupa com todos os impactos do seu negócio no meio ambiente. Além dos produtos de lavagem a seco, também nos preocupamos com os panos utilizados no processo. Estes panos descartáveis são reciclados, e tornam-se produtos para revestimento de tapeçaria automotiva. Existem preocupações menores, mas que em escala, são significativas. Por exemplo: luminárias mais econômicas nas lojas, materiais reciclados na decoração e operação das lojas, entre outros. Toda empresa precisa ter uma visão ampla dos seus processos para que suas práticas sejam consideradas positivas socioambientalmente.
T: Quais foram as principais dificuldades para a consolidação dos produtos da DryWash?
L: Várias, porém a mais evidente é a descrença das pessoas que podemos lavar um carro a seco sem danificar a pintura. Quando temos a oportunidade de provar o contrário, as pessoas ficam positivamente surpresas com o resultado.
T: Atualmente, qual a extensão da DryWash e qual a previsão de crescimento da empresa para os próximos 5 anos?
L: Atuamos com mais força em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, apesar de termos unidades franqueadas em outras 20 cidades do Brasil e em Hyderabad, na Índia. São Paulo ainda representa mais de 60% do nosso faturamento de serviços e produtos, porém nosso objetivo para os próximos cinco anos é consolidar a DryWash em outros estados e cidades brasileiras, além de proporcionar um crescimento relevante no mercado internacional.
T: Tem alguma empresa com um modelo de gestão que você se baseou ou que te influenciou de alguma forma?
L: Várias, principalmente aqueles que têm como modelo de gestão o foco no desenvolvimento das pessoas por meritocracia, e conseguem alinhar bem os interesses do desenvolvimento econômico, social e ambiental (pessoas, meio ambiente e lucro). Posso citar o “O Boticário” e a “Natura”, de 2002 para cá, mas no início do nosso negócio, em 1994, me inspirei muito no modelo da D Paschoal. Lá os colaboradores (em todos os níveis) recebem oportunidade de serem acionistas, e pensam e agem como donos. Esse modelo ajuda a perpetuar uma companhia, sendo que esse objetivo é o nosso desde a fundação.